A proposta de acordo feita em audiência de conciliação entre o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região (Sindsaúde) e a Organização Social Vitale Saúde no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-15) em Campinas foi acatada pelos trabalhadores da Santa Casa de Bariri. A decisão de colocar fim à greve de 11 dias foi tomada em assembleia na noite dessa quarta-feira, dia 21, quando os funcionários do período noturno já retomaram os trabalhos.

N audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, na tarde dessa quarta-feira, estiveram presentes o Sindicato da Saúde de Jaú e Região, representado pela sua presidente, Edna Alves e também o presidente da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, a Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira, além do diretor-geral da Vitale, Diogo Alves Fernandes. 

 

O Acordo

A proposta de acordo feita em audiência e aprovada pelos trabalhadores prevê o não desconto dos dias parados e garante a estabilidade dos grevistas por 90 dias. A Vitale Saúde ainda terá de pagar multa de 6% sobre os salários de cada um dos empregados em duas parcelas de 3% nas folhas de pagamento dos meses de junho e julho.

A OS também assumiu o compromisso de pagar em dia os salários a partir da folha de maio, que deverá ser depositada até o quinto dia útil de junho. Para os meses de março e abril, os valores serão parcelados, com pagamento de 60% do salário de cada funcionário no quinto dia útil e dos 40% restantes até o dia 25 de cada mês.

Ainda ficou previsto que para eventuais novos atrasos que não estejam previstos no acordo, a Vitale terá de pagar multa de 10% sobre os salários para o empregado prejudicado. "Tivemos uma decisão favorável para os trabalhadores da saúde que lutaram contra o atraso no pagamento de salários", diz a presidente do Sindsaúde, Edna Alves. O presidente da Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira destacou a união dos funcionários junto ao Sindicato como o fato que determinou a vitória do movimento. “O trabalhador somente vai ser respeitado se estiver organizado e bem representado por suas entidades de classe”, lembrou ele.