Para Canindé Pegado, secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), as reformas representam um desafio enorme para as centrais sindicais. “Temos que matar um leão por dia para proteger os direitos dos trabalhadores e temos que nos organizar e nos mobilizar se não quisermos perder direitos”, diz o sindicalista.
Ele faz uma breve passagem por todas as propostas do governo que pretende acabar com direitos trabalhistas, não só as reformas trabalhistas e previdenciária, respectivamente PL 6787/2016 (da reforma trabalhista) e PEC 55/2016, mas também os projetos que propõem terceirizar não só as atividades-fim, como as atividades-meio das empresas. “Os terceirizados ganham 27% a menos que os empregados e a rotatividade da mão de obra gira em torno de 60%. As três propostas pesam sobre os ombros dos trabalhadores”.
Pegado também faz um alerta sobre o negociado sobre o legislado, onde prevalece as negociações dos sindicatos sobre a legislação. “Como se isso fosse uma novidade, os sindicatos sempre procuraram negociar melhores direitos para os trabalhadores, que se sobrepõem à lei”, diz Pegado.
Ele destaca que a organização sindical dentro de uma empresa tem que vir dos trabalhadores e não o representante ser imposto pelo empregador, pois isto poderá intervir nas negociações com o sindicato. “Neste momento de aprovação de reformas, temos que ser mais forte que o governo, portanto, temos que nos mobilizar e as centrais sindicais vão se mobilizar em todo o País para defender os interesses dos trabalhadores”, finaliza.