Esta é a conclusão do consultor na área de Previdência Social e Complementar, Luciano Fazio, que falou sobre a reforma previdenciária no 2º Workshop de Orientação Sindical, no dia 21 de março, realizado em Praia Grande, na Colônia de Férias Firmo de Souza Godinho.
Ele ressalta que a PEC 287/16 encolhe a Previdência e vai deixar muita gente sem se aposentar. Se aprovada a PEC, a pessoa vai ter que trabalhar 49 anos ininterruptos para poder usufruir da aposentadoria integral. Isto porque a regra de cálculo prevê direito a 76% do benefício com 25 anos de contribuição. Esta taxa aumenta um ponto percentual a cada ano, portanto para se chegar a 100%, terá que completar 49 anos de contribuição. A proposta é fixar em 65 anos a idade para se aposentar, tanto para homens quanto para mulheres. Estas regras valem para trabalhadores com menos de 50 anos (homens) e 45 anos (mulheres).
Ele cita vários exemplos para mostrar que o benefício será achatado e muita gente não vai conseguir ter um salário digno para viver. “Hoje, o mínimo que um aposentado recebe é o salário mínimo, mas com a reforma este valor pode ser bem menor. É um desrespeito com o trabalhador que contribuiu muitos anos e que busca um descanso merecido ao parar de trabalhar. Temos que nos mobilizar e não deixar ir adiante esta proposta que acaba com o descanso do trabalhador no futuro”, diz ele.
“A juventude que avalia a possibilidade de se aposentar muito tarde vai pensar em uma previdência privada, a qual garanta um salário digno quando parar de trabalhar. Sem credibilidade, a Previdência não tem futuro, porque os jovens não vão mais acreditar na instituição”, completa Luciano Fazio.