Com o apoio da diretoria da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, a Federação Paulista da Saúde, acontecerá nesta quinta-feira, às 13h30 horas, audiência de mediação no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região entre o Sinsaúde Franca e Região e os sindicatos que representam os patrões daquela região. São eles: Sinamge, representando os trabalhadores do setor de medicina de grupo; Sinog, que representa a área de odontologia; Sindhosp, representante dos hospitais particulares e Sindhosfil, que está à frente das entidades filantrópicas.

O objetivo da audiência é buscar um acordo com as entidades patronais visando a assinatura de um acordo que garanta melhores salários e condições de trabalho para os trabalhadores da região de Franca. Com data-base em março, os profissionais da saúde estão em Campanha Salarial há pelo menos três meses, mas até agora nenhuma proposta digna de acordo foi apresentada pelo patronal.

“Não podemos mais esperar pela boa vontade deles. Por isso apelamos para o Tribunal do Trabalho e também agendamos uma mesa-redonda na subseção do Ministério do Trabalho de Franca para o dia 9 de abril, às 11 horas. Esperamos sensibilizar os representantes dos estabelecimentos de saúde e encerrar a Campanha Salarial com resultados positivos”, afirma a presidente do Sinsaúde, Elaine da Silva Amaral.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato, Luiz Carlos Vergara, a única proposta apresentada veio do Sindicato das entidades Filantrópicas e com o intuito de acabar com os direitos conquistados pelos trabalhadores. “Lutamos por anos para garantir benefícios de grande importância para os trabalhadores e também para a população que ganha com qualidade de atendimento e o que os patrões querem Acabar com tudo,” destaca ele.

Fim de direitos

Além de propor um reajuste de apenas 1,81%, fim da sobretaxa no adicional noturno, a jornada especial de trabalho é um dos direitos que os representantes patronais querem reduzir. Os patrões querem voltar as 220 horas para todo mundo. E muitos outros benefícios também estão em risco real de serem jogados no lixo se não houver uma reação dos trabalhadores fortalecendo a luta da diretoria do Sinsaúde Franca e Região.

“Queremos, além da inflação, 5% de aumento real, novos benefícios e manutenção dos direitos adquiridos. Mas tanto a manutenção, quanto as novas conquistas são negadas pelo setor patronal e por isso nós precisamos, junto com os trabalhadores nos mexer para garantir respeito a categoria. Se todo mundo ficar quieto, o risco de perda é muito grande e é real”, destaca a presidente do Sinsaúde Franca e Região, Elaine da Silva Amaral.

A pauta de reivindicações apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores aos Sindicatos Patronais possui 97 cláusulas com direitos importantes para a categoria.

O apoio da Federação já garantiu avanços

O presidente da Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira, lembra que no ano passado, o sindicato conquistou a reposição da inflação e também aumento real para os trabalhadores, além de manter todos os direitos preservados. Fortalecido com o apoio dado pela Federação Paulista da Saúde, que representa mais de 700 mil trabalhadores da saúde no Estado de São Paulo, o Sinsaúde Franca e Região negociou com os sindicatos patronais e mobilizou os trabalhadores. Foi assim que conseguiu assinar três Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) – Sindhosp, Sinamge e Sindhosfil –, que atendem a mais de 4 mil trabalhadores na região de Franca.

“O acordo assinado com os sindicatos patronais garantiu um benefício de relevância para os profissionais da saúde: a conquista da cesta básica de alimentos, o que representou um aumento real, em média, de 5% nos salários dos trabalhadores da saúde”, destaca ele, lembrando que agora, para ir além, os trabalhadores têm de estar junto do Sindicato.