As previsões constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
Para 2019, os economistas das instituições financeiras diminuíram a expectativa de inflação de 4,02% para 4,01%. A meta central deste é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2020, o mercado financeiro manteve em 4% sua estimativa de inflação – em linha com a meta central que também é de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5% e 5,5%.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a previsão do mercado financeiro recuou de 2,57% para 2,53% na semana passada.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Para o ano que vem, entretanto, a expectativa do mercado financeiro para expansão da economia subiu de 2,50% para 2,60%.
Os economistas dos bancos também não alteraram a previsão de expansão da economia para 2021 e para 2022 – que continuou em 2,5%.
Taxa de juros – O mercado manteve em 7% ao ano a previsão para a taxa de juros, a Selic, no fim de 2019. Atualmente, o juro básico da economia está em 6,50% ao ano, na mínima histórica. Para o fim de 2020, a previsão continuou em 8% ao ano. Com isso, os analistas seguem prevendo alta dos juros no decorrer deste ano e, também, de 2020.
Dólar – A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 recuou de R$ 3,80 para R$ 3,75 por dólar. Para o fechamento de 2020, caiu de R$ 3,80 para R$ 3,78 por dólar.
Balança comercial – Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019 caiu de US$ 52,24 bilhões para US$ 52 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit subiu de US$ 46,5 bilhões para US$ 49 bilhões.
Investimento estrangeiro – A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, caiu de US$ 80 bilhões para US$ 79,5 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas recuou de US$ 85 bilhões para US$ 82,44 bilhões.
Fonte: Folha de SP