A região de Campinas (SP) começa a aplicar nesta segunda-feira (6) as regras da fase 1 - vermelha do Plano SP, etapa mais severa do planejamento feito pelo governo do Estado para funcionamento das atividades econômicas durante a pandemia do novo coronavírus. A decisão foi anunciada na sexta e estão liberados apenas serviços essenciais nos 42 municípios da regional - veja abaixo o que funciona.
As cidades que fazem parte desta área administrativa e estão sujeitas às novas restrições são:
Águas de Lindóia, Americana, Amparo, Artur Nogueira, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Cabreúva, Campinas, Campo Limpo Paulista, Cosmópolis, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jaguariúna, Jarinu, Joanópolis, Jundiaí, Lindóia, Louveira, Monte Alegre do Sul, Monte Mor, Morungaba, Nazaré Paulista, Nova Odessa, Paulínia, Pedra Bela, Pedreira, Pinhalzinho, Piracaia, Santa Bárbara d'Oeste, Santo Antônio de Posse, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Tuiuti, Valinhos, Vargem, Várzea Paulista e Vinhedo.
Espírito Santo do Pinhal, Estiva Gerbi, Itapira, Mogi Guaçu, Mogi Mirim e Santo Antônio do Jardim, por pertencerem à regional de São João da Boa Vista, permanecem na fase laranja, com aval para a abertura do comércio, desde que cumpridas restrições sanitárias impostas pelo Estado e prefeituras.
Serviços essenciais
As atividades liberadas pelo governo do Estado na fase vermelha são:
Saúde: hospitais, clínicas, farmácias, clínicas odontológicas, lavanderias e estabelecimentos de saúde animal;
Alimentação: supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres. É vedado o consumo no local;
Bares, lanchonetes e restaurantes: serviços de entrega (delivery) e que permitem a compra sem sair do carro (drive-thru). Válido também para lojas em postos de combustíveis;
Abastecimento: cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção;
Logística: estabelecimentos e empresas de locação de veículos, oficinas de veículos, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos;
Serviços gerais: lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica de produtos eletroeletrônicos e bancas de jornais;
Segurança: serviços de segurança pública e privada;
Comunicação social: meios de comunicação social, inclusive eletrônica, executada por empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
Construção civil, agronegócios e indústria: sem restrições;
Fase laranja
Por outro lado, nos municípios que permanecem na fase laranja durante a quarentena, o governo permite a abertura de shoppings (exceto praças de alimentação), comércio de rua e serviços em geral com capacidade limitada a 20% e com horário reduzido para quatro horas seguidas.
O que NÃO pode funcionar?
O estado proíbe funcionamento das seguintes atividades, seja na fase laranja ou vermelha:
Abertura de bares e restaurantes para consumo local
Salões de beleza e barbearias
Academias de esportes em todas as modalidades
Atividades que provoquem aglomerações
Teatros, cinemas e afins
Por que a região retrocedeu?
O Estado usa cinco critérios da área de saúde para determinar em que fase cada município ou região está. Para avançar de etapa, é necessário que todos eles sejam alcançados - veja abaixo.
Além de considerar aumento de casos confirmados e mortes por Covid-19 nas cidades durante os últimos dias, o governo também levou em conta a taxa de ocupação dos leitos de UTIs destinados para pacientes com a doença - até a tarde de sábado (4), o índice permanecia em 80,4%.
Já em Campinas, maior cidade da região, a taxa era de 89,4% até domingo, de acordo com a prefeitura.
Critérios
Taxas de ocupação de leitos UTI para pacientes com novo coronavírus;
Quantidade de leitos UTI para Covid-19 por grupo de 100 mil habitantes;
Número de novos casos confirmados nos últimos sete dias dividido pelo total de casos dos sete dias anteriores;
Número de internações nos últimos sete dias dividido pelo total do número de casos dos sete dias anteriores;
Número de óbitos nos últimos sete dias dividido pelo total do número de casos dos sete dias anteriores;
Cada um desses critérios tem um índice que precisa ser alcançado de acordo com cada fase:
Fonte: G1
Foto: WAGNER SOUZA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO