Covid: Campinas tem maior fila de espera por UTI em 51 dias e perde 5 leitos SUS após fim de acordo

10/06/2021

 Campinas (SP) registrou 20 pacientes na fila de espera por UTI Covid-19 na tarde desta quarta-feira (9), o maior número em 51 dias e superado anteriormente em 19 de abril, quando eram 23. Além disso, o total de leitos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) Municipal perdeu cinco estruturas após fim de um contrato que a metrópole tinha com a Casa de Saúde. Veja abaixo a situação dos hospitais.

 
De acordo com a prefeitura, o acordo com a unidade de saúde é para um total de seis leitos de UTI. Este sexto estava em uso até a publicação, mas deve deixar de ser contabilizado a partir desta quinta.
 
Com isso, o total do SUS Municipal que era de 168 na terça-feira passou para 163 nesta tarde, e será reduzido a 162. Na última semana de maio, o G1 mostrou que a administração, em meio à pressão, tentou contratar mais leitos na rede privada, mas recebeu negativas diante do aumento de internações.
 
Apesar da recomendação do governo de São Paulo para medidas mais restritivas aos municípios com lotação superior a 90% nas UTIs, a prefeitura descartou ações imediatas apesar da rede municipal ter chegado a 98,7%, com dois leitos disponíveis para pacientes gestantes. Em contrapartida, o governo Dário Saadi (Republicanos) diz que "não vai hesitar em tomar iniciativas que considere necessárias".
 
Desde o início da pandemia, a cidade soma 103.877 infectados, incluindo 3.426 mortes vidas perdidas.
 
Os leitos estão divididos da seguinte forma, em números absolutos:
 
SUS municipal: 163 leitos, dos quais 161 estão ocupados. Há 2 leitos vagos (para gestantes).
HC da Unicamp: 40 leitos, dos quais 31 estão ocupados. Há 9 leitos vagos.
Particular: 221 leitos, dos quais 206 estão ocupados. Há 15 leitos vagos.
AME: 25 leitos, dos quais 21 estão ocupados. Há 4 leitos vagos.
A Secretaria de Saúde alega que o número de leitos de UTI nesta quarta é maior do que no mesmo período do ano passado, quando eram contabilizados 155 , e destaca que 15 deles foram abertos semana passada no Hospital Metropolitano. A unidade é particular, mas está sob gestão da Rede Mário Gatti após a Justiça manter a requisição administrativa realizada pelo Executivo.
 
"A Secretaria tem buscado junto aos seus parceiros ampliar o número de leitos", informa texto. Na terça, também por nota, o titular da pasta, Lair Zambon, considerou que os indicadores da pandemia em Campinas são estáveis, incluindo a demanda por leitos, embora sejam patamares elevados.
 
 
UTI Covid-19 no SUS Municipal
Mário Gatti: 44
Metropolitano: 15
Ouro Verde: 55
Rede conveniada: 48 (inclui Irmandade de Misericórdia, Casa de Saúde, Maternidade de Campinas, PUC-Campinas e Samaritano)
 
Acompanhe no gráfico abaixo a fila de pacientes com Covid-19 à espera de leitos em Campinas, tanto de UTI quanto de enfermaria, segundo dados da prefeitura. Eles são divulgados desde 18 de março.
 
Em meio à segunda onda da pandemia, a metrópole registrou demanda superior à capacidade desde o primeiro dia de registro até 4 de maio. No dia 5, foi zerada, mas dois dias depois voltou a ser registrada. A fila foi eliminada pela segunda vez dia 12, contudo, em 18 de maio voltou a ser contabilizada.
 
 
"A administração municipal segue acompanhando diariamente indicadores da pandemia e reitera que é muito importante que a população mantenha as recomendações de distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos", destaca a Secretaria de Saúde.
Leitos de enfermaria ocupados
Redes municipal e particular: 464
HC da Unicamp: 60
AME: 5
 
Fonte: G1

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