No dia 31 de maio, os direitos e benefícios garantidos nos acordos e convenções coletivas deixaram de valer, a não ser nos casos em que os acordos e convenções tenham validade por dois anos. De qualquer forma, na data do vencimento do documento as conquistas feitas pelo Sinsaúde ao longo de muitos anos de luta, e que não constam na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), como a jornada especial de trabalho (12x36 com três descansos mensais, e para a administração 200 horas mensais, com descanso no sábado, domingo e feriado), a cesta básica, feriado da categoria, adicional noturno de 40% e horas extras com 100% sobre o valor da hora normal, perderão a validade.
Mas, isso pode não acontecer, se você, trabalhador da saúde, se mobilizar, se unir ao Sindicato, e lutar para que esses benefícios sejam mantidos. Caso contrário, a perda salarial e de direitos causará um grande prejuízo financeiro e social. Daí a importância da mobilização da categoria para garantir que eles sejam renovados.
A campanha salarial deste ano tem como tema “O Pulso Forte da Saúde de é Você!”. Isso quer dizer que o trabalhador tem o poder de mudar, de conquistar e garantir mais direitos. “O Sindicato precisa do apoio e da mobilização dos trabalhadores em torno da pauta de reivindicações. É hora de lutar pelos nossos direitos”, convoca a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento.
Salário de ingresso
A pauta de reivindicações, aprovada pelos trabalhadores em assembleia no dia 13 de abril, conta com 110 itens que beneficiam a categoria. Além do reajuste salarial de 100% do INPC medido de junho de 2022 a maio deste ano, mais 8% de aumento real, a pauta também estabelece novos valores para o salário de ingresso dos profissionais. São eles:
Salário de ingresso:
Enfermeiro – R$ 15.340,00
Auxiliar de enfermagem – R$ 5.997,22
Técnico de enfermagem – R$ 7.730,18
Auxiliar de cozinha –R$ 2.473,00
Auxiliar administrativo – R$ 3.043,68
A pauta foi apresentada aos administradores hospitalares, que tem até o dia 13 de junho para apresentarem suas propostas. Elas serão levadas para assembleias dos trabalhadores no dia 14, em todas as sedes do Sinsaúde, às 20h. Caso as propostas não sejam aceitas, a diretoria sindical levará para aprovação o indicativo de greve a partir de 20 de junho.
“Nosso objetivo é que todos os profissionais da saúde recebam os
salários de acordo com o estabelecido na pauta de reivindicações e
aprovada pelos trabalhadores em assembleia geral realizada no dia
13 de abril”, afirma Sofia Rodrigues.