O encontro ocorreu na nova sala de reuniões da sede localizada na rua Sete de Setembro, 462, no centro de Jaú. A presidente do Sindicato da Saúde de Jaú, Edna Alves, e demais diretores, receberam o presidente da Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira, que está percorrendo as base sindicais da saúde por todo o Estado.
CAMPANHA E PISO - Entre os debates, o que mais chama a atenção é a campanha salarial e necessidade de se fazer negociaçãos com o patronal em busca de reajuste , de salário digno e de tentativa de emplacar o “piso nacional da enfermagem”, que praticamente morreu por meio das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). “Não existe piso. Fomos enganados pela classe política e pelo tribunal”, comentou o dirigente estadual.
Ele se refere às mudanças feitas na lei que criou o piso em 2022, com as constantes trocas de entendimentos do judiciário e pelo fato de que tudo ainda é transitório. Edison falou que a proporcionalidade na jornada e o tratamento diferenciado por setor acabaram com o piso. Hospitais privados, diz ele, não aceitam negociar para pagar o piso. “Sem negociação não tem piso”, lamenta.
Já os “pilantrópicos” e os prestadores de mais de 60% de serviços do SUS, ressalta Edison Oliveira, só são obrigados a pagarem se receberem verba federal. E o governo não tem recurso suficiente no orçamento para pagar todos os trabalhadores. Por isso inventam desculpa de falta de registro no coren, carga horária excessiva, somam adicionais para o salário base ficar acima do piso e não repassarem nada...
CATEGORIA JUNTA – O presidente da Federação fala das dificuldades de negociar com o patronal, que não quer negociar e não pode ser processado por isso, porque a lei está ao lado dessa recusa: “A negociação é feita pelo conjunto da diretoria. Lógico que o presidente do sindicato, representante principal do sindicato, tem uma expertise maior de negociar. Agora, não se faz negociação se o trabalhador não estiver presente. “
A categoria pode perder o que já tem se ficar acomodada: “O envolvimento dos trabalhadores é de suma importância. Não se vai chegar a lugar nenhum ou àquilo que a categoria entende ser direito dela se ela não participar. Se ela ficar dentro dos hospitais esperando ver o que vai acontecer ela não vão receber nada nunca. Muito pelo contrário. Em algumas situações vai perder benefícios que já têm.”
DIFERENÇAS DE BASE - A presidente do Sindicato da Saúde, Edna Alves, falou sobre a oportunidade de cada diretoria local receber a Federação: “A reunião é sempre produtiva quando tem a presença da Federação, agora percorrendo o Estado. Ao visitar as bases, o presidente Edison vai conhecer de perto a realidade de cada local, que tem seus próprios problemas e dificuldades. Fica um melhor entendimento para os diretores sobre o que é sindicato e federação e sobre as convenções coletivas.”
Ela lembra que as negociações não estão fáceis, citando a luta contra o Sindhosp (patronal de estabelecimentos privados), cuja data-base é janeiro e até agora não teve negociação. “Não está sendo fácil negociar por causa das idas e vindas do STF sobre o piso nacional da enfermagem. A Federação nos apoia e nos orienta sobre como fazer as negociações, seguindo os parâmetros judiciais. Agradecemos à presença do Edison, que cada vez que vem a Jaú nos estimula a continuar participando de órgãos de decisão, como conselhos de saúde e centrais.“
Próximos encontros
As reuniões tiveram início no dia 9 e vão até 25 de abril. Édison ainda vai passar pelas cidades de Campinas, São Paulo, Franca, Ribeirão Preto, Sorocaba, Santos, Piracicaba, Rio Claro e São José dos Campos.
Conheça o calendário das próximas reuniões.
PROGRAMAÇAO
Data - Base Sindical
12 de abril - Jaú - Das 9h às 12h
15 de abril - Franca
16 de abril - Ribeirão Preto
17 de abril - Sorocaba
19 de abril - Santos
22 de abril - São Paulo
23 de abril - Piracicaba
23 de abril - Rio Claro
24 de abril - São José dos campos
25 de abril- Campinas
(A Federação já passou por Presidente Prudente, Araçatuba e São José do Rio Preto)