Elas foram recebidas pela presidente da subsede, Claudete Defavere, e o encontro foi marcado por muita emoção. “Teve choro, medo e incompreensão sobre os motivos da iniciativa. Fomos juntas com estas mulheres guerreiras falar com provedor da Santa Casa e pedimos para ele pensar formas alternativas à terceirização”, conta Claudete.  

 

 

Uma das trabalhadoras, emocionada, disse ao provedor: “Estou em luto, provedor, e vou continuar honrando meus últimos dias de trabalho em luto”. O Sindicato acatou estas palavras e aderiu ao sentimento dos trabalhadores organizando a campanha “Santa Casa em Luto”. Os diretores entregaram fitas pretas aos trabalhadores do hospital e estão conscientizando a sociedade e as autoridades de Araraquara sobre os impactos no atendimento à população e nas vidas das trabalhadoras.

 

 

Segundo Defavere, o provedor Jeferson Yashuda argumenta que é ordem da Vigilância Sanitária. “Ele tem outros meios para deixar a cozinha da maneira que a vigilância pede”, afirma. 

 

 

O Sinsaúde protocolou ação, no dia 23, com pedido de liminar à Justiça do Trabalho para interromper o processo de terceirização e buscar saídas que não incluam demissão das trabalhadoras. A decisão tomada pela Irmandade de Misericórdia fere a cláusula 23 do Acordo Coletivo de Trabalho, que proíbe terminantemente todo e qualquer tipo de contratação de mão-de-obra por meio de terceiros”.

 

 

Para a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento, se há outras soluções para o caso, o Sindicato e a cidade de Araraquara precisam saber. “Não podemos admitir demissão de trabalhadores e o desrespeito à norma coletiva assinada”, explica.

 

 

O chamamento público de prestação de serviço prevê elevação nos gastos com fornecimento de alimentos aos pacientes em mais de R$ 100 mil mensais.

 

Fonte: Sinsaúde Campinas e Região