Trabalhadores do AME de Tupã, inconformados com o descaso da administração da unidade, entregaram uma pauta de reivindicações onde exigem aumento no valor do vale-alimentação, que não é reajustado desde 2019, aumento real nos salários e investimentos na qualificação dos profissionais. O AME é administrado pela Famesp (Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar) e as reivindicações contam com o apoio do Sinsaúde.
“Reunimos os profissionais e fizemos uma pesquisa para que pudessem opinar nas pautas apresentadas e mais de 70% dos trabalhadores estão irritados com o descaso da empresa. Estamos há sete anos sem aumento real nos salários e precisamos ter uma resolução o mais rápido possível”, explica Tedi Gonçalves, diretor do Sinsaúde em Tupã e trabalhador do AME.
O vale-alimentação hoje é de R$ 392,00 e os trabalhadores exigem que o valor passe para R$ 600,00. “O benefício não acompanhou a inflação dos últimos anos e com isso retirou o poder de compra dos funcionários”, explica o presidente da subsede do Sinsaúde em Tupã, Orides Savio Vivi.
Aumento real
Em relação ao reajuste salarial, a reivindicação é que seja feito acima da inflação calculada pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). A Campanha Salarial do Sinsaúde reivindica 100% do INPC mais 8% de aumento real.
Além disso, os profissionais reivindicam maior investimento no bem-estar e qualificação, tendo em vista que a Famesp está investindo recursos para se qualificar a Organização Nacional de Acreditação (ONA). O órgão visa que as instituições de saúde no Brasil adotem práticas de gestão e assistenciais que melhorem o cuidado aos pacientes. Entretanto, os funcionários estão tendo que se adequar às normas e procedimentos sem o devido reconhecimento financeiro.
“Queremos negociar com a Famesp. Buscamos a opinião dos trabalhadores para entender a necessidade da maioria. A categoria merece ser valorizada pelo trabalho que faz e os profissionais da saúde podem contar com o Sindicato nesta luta”, afirma Orides Vivi.
Já a presidente, Sofia Rodrigues do Nascimento, destaca que a união da categoria é que vai gerar resultados nas negociações. “Os funcionários já demonstraram insatisfação com as políticas adotadas dentro da instituição e agora precisamos nos unir ainda mais para alcançar resultados satisfatórios para a categoria. A Famesp deve valorizar os profissionais que estão na linha de frente, a saúde merece!”, frisa.
Fonte: Sinsaúde Campinas e Região