Foi rejeitada a proposta feita pelos representantes do Sindhosp (Sindicatos dos Hospitais do Estado de São Paulo) para concessão de reajuste salarial para os trabalhadores da saúde da base sindical de Rio Claro e Região. O sindicato patronal que representa as instituições particulares de saúde propôs reajuste de 3,23% calculados sobre abril de 2022 (em 2023, o Sindhosp não assinou Convenção Coletiva com a base de Rio Claro. Pela proposta, o reajuste (tanto nos salários quanto nos pisos normativos) será parcelado, sendo 2% a partir de 1 de maio (data-base da categoria) e o restante em novembro de 2024.
“Não podemos aceitar uma proposta como essa. Para começar, ela subtrai dos trabalhadores o reajuste de 2023, gerando uma perda salarial incalculável”, frisou o presidente da Federação Paulista da Saúde, Édison Laércio de Oliveira que participou da negociação a convite da presidente do Sinsaúde Rio Claro, Maria Hermann.
O encontro aconteceu na manhã desta quarta-feira, e foi a primeira reunião de negociação coletiva da categoria da base do Sinsaúde Rio Claro e Região. Estavam presentes, representando os trabalhadores, além do presidente da Federação, Édison de Oliveira, a presidente do Sindicato, Maria Hermann e os advogados da entidade sindical, Maurício Porto e Daniela Porto. Pelo Sindhosp os negociadores foram Luiz Fernando Ferrari Neto, presidente do conselho fiscal da instituição, o advogado Rodrigo Marin e o Representante Regional, José Benedito Filho.
Hermann destaca que a proposta não foi aceita, mas foi mantido o diálogo com a diretoria do Sindhosp. Os trabalhadores precisam ser valorizados e respeitados pelas entidades patronais. Esta é uma troca que ambos os lados ganham: os prestadores de serviço, no caso, os trabalhadores da saúde e os compradores desse trabalho, os estabelecimentos de saúde. “É preciso haver respeito entre ambos, pois assim todos ganham”, observou.
As entidades que representam os trabalhadores dizem que estão aguardando nova proposta que deve ser avaliada e encaminhada pela diretoria do Sindhosp de forma a comtemplar as necessidades da categoria. “A data-base dos profissionais da saúde da base sindical de Rio Claro é maio e o reajuste deve respeitar o que já está oficialmente instituído”, ressalta Édison de Oliveira.
Maria Hermann teceu elogios ao presidente da Federação Paulista da Saúde, referindo-se a sua bagagem e experiência acumuladas. “Édison fez diferença na reunião, pois sabe o que acontece com o setor de saúde e negocia de posse de informações relevantes. Nossos trabalhadores ganham com isso”, finalizou.