Levantamento preliminar divulgado pelo Dieese em sua página eletrônica mostrou que entre as categorias com data-base em junho, que registraram os instrumentos coletivos no Mediador até 8 de julho, 87,8% conquistaram ganhos reais aos salários, na comparação com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE).
Outras 8,8% conquistaram reajustes em percentual igual à inflação; e 3,3% tiveram resultados abaixo do INPC." Com esse resultado - embora ainda parcial - são sete datas-bases seguidas com mais de 80% das negociações com reajustes acima da inflação. Esse quadro de relativa estabilidade em níveis elevados contrasta com o observado no segundo semestre de 2023, de piora crescente nos resultados das negociações entre agosto e novembro", avaliou o órgão.
Segundo o DIEESE, o valor do reajuste necessário - equivalente à variação acumulada do INPC nos 12 meses anteriores a cada data-base -, para as categorias que negociam em julho, é de 3,70%. O valor representa uma segunda alta após maio, quando atingiu o menor patamar, desde julho de 2023.
Distribuição dos reajustes em 2024
Com a inclusão dos primeiros reajustes salariais da data-base junho, é possível ter uma prévia do quadro das negociações do primeiro semestre de 2024. No período, cerca de 86% das 6.728 negociações coletivas analisadas tiveram reajustes com ganhos acima do INPC; 11%, resultados iguais à inflação; e 3%, reajustes abaixo da variação de preços. No primeiro semestre de 2024, a variação real média (acima do INPC) é, no momento, igual a 1,59%.
Fonte: DIEESE