Greve no AME entra no quinto dia e intransigência da Funcamp impera

25/07/2024

A greve dos trabalhadores do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Limeira entrou no seu quinto dia, nesta quarta-feira, sem previsão de acabar. De acordo com o presidente da subsede do Sinsaúde em Limeira, Leandro Barreto, há intransigência por parte da Funcamp (Fundação de Desenvolvimento da Unicamp), que administra a unidade, em não voltar à mesa de negociação. O Sinsaúde solicitou uma audiência de mediação junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que foi marcada para o dia 29 de julho.
 
 
“Estamos em luta por valorização e melhores salários. Há anos que a categoria não tem aumento real. Depois que a assembleia reprovou a contraproposta da Funcamp, a empresa não voltou a negociar e os trabalhadores seguem firmes, dentro das normas legais, até que a Funcamp atenda às reivindicações”, declara Barreto. Os grevistas mantêm a mobilização em frente ao hospital.
 
 
A reivindicação dos trabalhadores é de 8% de aumento real nos salários, vale-alimentação de R$ 600 e vale-refeição de R$ 60 por dia. A oferta inicial da empresa, que foi recusada pelos trabalhadores em assembleia, foi de apenas 3,34%, sobre os salários e os vales.
 
 
Para a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento, a luta continua e vai se fortalecer. “A proposta da Funcamp é insuficiente para atender as necessidades dos trabalhadores do AME. Eles permanecem mobilizados e firmes na exigência de uma proposta que atenda às suas reivindicações por melhores condições de trabalho e um reajuste salarial justo”.
 
 
Histórico de desvalorização
 
O Sinsaúde vem desempenhando um papel fundamental na organização e condução da greve, buscando o diálogo com a empresa e um acordo que garanta salários dignos aos trabalhadores do AME. No entanto, diante da negação dos gestores do AME, a greve continua. O AME tem 110 trabalhadores.
 
 
A proposta de reajuste salarial da Funcamp aos trabalhadores do AME foi abaixo até do reajuste do salário mínimo estadual, que nos últimos dois anos acumulou aumento de 27,7%, segundo o governo estadual. Este ano, o aumento do salário mínimo estadual foi 5,8% acima do salário mínimo federal e a Funcamp só ofereceu 3,34%. 
 
 
Mesmo com significativos repasses financeiros do Governo do Estado, o AME se nega a valorizar os trabalhadores. Em 2023, receberam R$ 15,3 milhões, conforme extrato do convênio de custeio do ambulatório. Este ano, até o momento, o repasse foi de R$ 8,6 milhões. 
Mesmo com esses recursos, a administração não utilizou os fundos para valorizar os trabalhadores, mantendo uma postura autoritária que tem desmotivado os profissionais e prejudicado o ambiente de trabalho.
 
 
Fonte: Sinsaúde Campinas e Região

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