Nos dias 23 e 24 de julho, Fortaleza, no Ceará, foi palco da Cúpula do L20 (Labour 20), um evento crucial que reúne líderes sindicais e representantes das Federações Sindicais Internacionais para discutir e propor diretrizes que serão levadas à consideração do G20, grupo que engloba as maiores economias mundiais. Entre os participantes de destaque estava Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

 

 

 

O evento contou com a presença do Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e reuniu representantes de diversas nações, reforçando o papel do L20 como um fórum vital para a discussão de questões trabalhistas em um contexto global. Em seu discurso, Patah enfatizou três pilares fundamentais: democracia, igualdade e tecnologia, destacando a importância de cada um para o avanço social e econômico.

 

 

 

Democracia: Ricardo Patah ressaltou a necessidade de fortalecer a democracia nos locais de trabalho e nas estruturas econômicas. Para ele, a democracia é a base para a construção de sociedades justas e equitativas, onde os direitos dos trabalhadores são respeitados e suas vozes são ouvidas. “Precisamos garantir que a democracia não seja apenas um ideal, mas uma realidade no dia a dia da nossa sociedade e no ambiente de trabalho, onde todos os trabalhadores têm o direito de participar das decisões que afetam suas vidas”.

 

 

 

Igualdade: A questão da igualdade de salários entre homens e mulheres foi outro ponto crucial do discurso de Patah. Ele destacou a persistente disparidade salarial como uma barreira significativa ao desenvolvimento justo e sustentável. “É inadmissível que, em pleno século XXI, ainda estejamos discutindo a diferença salarial entre homens e mulheres. A igualdade de remuneração é um direito básico e fundamental que deve ser garantido em todas as esferas”.

 

 

 

Tecnologia: A rápida evolução tecnológica, com o crescimento do e-commerce, home office, e o uso de aplicativos, foi abordada pelo líder ugetista como uma oportunidade e um desafio. Ele destacou a importância de regulamentar essas novas formas de trabalho para garantir que os direitos dos trabalhadores sejam protegidos. Além disso, Patah enalteceu o protocolo assinado no ano passado entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que firmou um pacto histórico em prol dos direitos trabalhistas no contexto das transformações tecnológicas.

 

 

 

A participação de Patah no evento sublinhou o compromisso da UGT em liderar discussões que promovam um ambiente de trabalho mais justo e equitativo. 

 

 

 

O L20 destacou a importância do diálogo e da cooperação internacional para enfrentar os desafios contemporâneos do mercado de trabalho, promovendo um futuro mais justo e igualitário para todos os trabalhadores ao redor do mundo.

 

 

 

 

A Cúpula do L20 (Labour 20) iniciou suas atividades com um foco contundente nas mudanças climáticas extremas e seus impactos no mundo do trabalho. Durante o primeiro dia do evento, representantes sindicais e especialistas internacionais se reuniram para discutir como as alterações climáticas estão transformando o ambiente laboral e quais medidas podem ser adotadas para mitigar seus efeitos adversos.

 

 

 

As mudanças climáticas extremas, como ondas de calor, inundações e secas, estão se tornando mais frequentes e intensas, afetando diretamente diversos setores econômicos, especialmente aqueles que dependem de recursos naturais. Este fenômeno coloca em risco não apenas os empregos, mas também a saúde e a segurança dos trabalhadores.

 

 

 

Durante o encontro, os participantes discutiram estratégias para enfrentar esses desafios, incluindo a transição para uma economia verde, a criação de empregos sustentáveis e a implementação de políticas que protejam os trabalhadores mais vulneráveis às mudanças climáticas. Os representantes das centrais sindicais brasileiras destacaram a importância de incluir os trabalhadores na formulação de políticas climáticas, assegurando que suas vozes sejam ouvidas e que suas necessidades sejam atendidas.

 

 

 

O primeiro dia da Cúpula do L20 destacou a urgência de ações concretas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas no mundo do trabalho. As centrais sindicais brasileiras reforçaram seu compromisso em liderar a defesa dos direitos dos trabalhadores enquanto promovem a sustentabilidade e a equidade. A cooperação internacional e o engajamento de todos os atores sociais serão essenciais para garantir um futuro mais justo e sustentável para as próximas gerações.

 

 

 

Entre as entidades brasileiras presentes estavam a UGT, a CUT, a CSB, a CTB, a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a Força Sindical.

 

 

Fonte: UGT