O presidente Lula (PT) lançou nesta quarta-feira (24) uma iniciativa batizada de “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, criada com o objetivo erradicar a fome e a extrema pobreza no planeta. Segundo a projeção anunciada, a manutenção dos trabalhos deve custar entre US$ 2 milhões e US$ 3 milhões por ano desde o lançamento até 2030. O programa terá duas sedes, em Brasília e outra em Roma, na FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Lula anunciou que o Brasil vai arcar com metade desses custos para manter o projeto.
De acordo com o Governo Federal, em matéria veiculada pela Agência Brasil, a ideia é agregar conhecimentos, finanças e parcerias que, tendo este objetivo comum, consigam melhores condições para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), agenda mundial estabelecida em 2015 pela ONU com o propósito de construir e implementar políticas públicas para guiar a humanidade até 2030.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza “é uma das principais iniciativas do Brasil à frente do G20 [grupo das 20 maiores economias do planeta]”. No evento paralelo, realizado para discutir meios de aplicação das políticas nos países, o ministro Wellington Dias informou que, entre as ações planejadas, estão a promoção da segurança alimentar, o aumento de renda e o enfrentamento das desigualdades.
“A realidade que vivemos, de múltiplas crises, incluindo a climática e ambiental, a situação econômica e os conflitos, faz crescer novamente a fome, a insegurança alimentar e a pobreza. Há muitos eixos e muitas ações necessárias para enfrentar esse desafio complexo”, disse o ministro.
“Não queremos criar um novo foro internacional para debater o que precisa ser feito e trocar experiências coletivamente, pois já temos muitos foros multilaterais legítimos para isso”, acrescentou Dias, ao apresentar as diretrizes da proposta, visando a mobilização de recursos financeiros e conhecimento, de forma a canalizá-los para onde são mais necessários.
Ainda segundo o ministro, o desenho dessa aliança ficará a cargo de uma força-tarefa do G20, que já vem trabalhando na composição de uma “cesta de políticas públicas que reunirá toda a expertise acumulada, ao longo de décadas, com programas de transferência de renda, proteção social, alimentação escolar, entre outros, a partir da experiência de diversos países e organizações internacionais”.
Fonte: UGT-SP com informações da Agência Brasil – Foto: Coletivo Banquetaço/Divulgação