Numa decisão que compromete a vida do trabalhador e traz prejuízo para a economia e desenvolvimento do País, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), manteve a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) em 10,5% ao ano. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (31) e será mantido por 45 dias, até a próxima reunião do colegiado.
Para a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a decisão do Copom compromete a economia do País, e tem um viés político, pois a inflação se mantém sob controle e segue dentro da meta. Para manter a Selic em 10,5% o Copom justificou a decisão alegando a expectativa da inflação e valorização do dólar frente ao real. "A Selic elevada causa prejuízo à economia, compromete o orçamento das famílias e inibe o investimento nas empresas", afirma Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.
Brasil passa a ter o 3º maior juro real do mundo após decisão do Copom
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu ontem (31) manter a taxa básica de juros inalterada em 10,50% ao ano. Com a decisão, o Brasil saiu da segunda para a terceira posição como o maior juro real do mundo (descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses).
Segundo levantamento compilado pela consultoria MoneYou, os juros reais do país ficaram em 7,36%. O líder do ranking é a Turquia, com taxa real de 12,13%.
Na última divulgação, em 19 de junho, o Brasil ocupava a segunda colocação da lista. Segundo o MoneYou, a combinação de inflação mais forte e cenário externo desafiador continua a pressionar o fechamento da taxa real de juros no Brasil.
A Argentina continuou com o último lugar no ranking. Apesar de, em junho, ter perdido para a Turquia o posto de maiores taxas nominais da lista (40% ao ano, frente aos 50% da Turquia), o país também enfrenta uma inflação altíssima, o que acaba derrubando as taxas reais.
A lista dos 15 países com os maiores juros nominais do mundo são os seguintes:
Turquia 12,13%
Rússia 7,55%
Brasil 7,36%
México 6,24%
África do Sul 3,89%
Indonésia 3,61%
Hong Kong 2,83%
Itália 2,44%
Reino Unido 2,39%
Filipinas 2,37%
Índia 2,16%
Polônia 2,04%
Estados Unidos 1,75%
Colômbia 1,74%
Nova Zelândia 1,71%
Fonte: UGT com informações do ICL Economia