O Dieese mostrar que o valor da cesta básica voltou a cair em agosto nas 17 Capitais pesquisadas. Em julho, a queda nos preços já havia sido geral.
Quedas maiores ocorreram em Fortaleza (-6,94%) e João Pessoa (-4,10%). Em Porto Alegre, apesar das enchentes, valor recuou 3,78%. Já SP segue com a cesta mais cara, R$ 786,35.
Razões – Para o economista e presidente do Corecon-SP, Pedro Afonso Gomes, a boa situação decorre da política econômica do governo Lula e de iniciativas em várias frentes, como, por exemplo, a reconstrução do Consea, um dos Conselhos demolidos por Bolsonaro.
Na avaliação de Pedro, o apoio à agricultura familiar ajuda na estabilidade. Ele diz: “A agricultura familiar colocava 71% dos produtos na mesa do brasileiro. Isso subiu pra perto de 77% em um ano e meio”. O apoio se dá via crédito, melhora na infraestrutura, na logística e boas sementes. “Tudo isso se soma”, observa.
O governo também reconstrói a política de estoques reguladores. O sistema vigorou de 1919 a 2019, “quando Paulo Guedes acabou com esse mecanismo”, afirma o presidente do Corecon-SP.
As recentes queimadas atingiram mais áreas ligadas ao agronegócio e não à produção de alimentos que vão pra mesa. O agro, explica o economista, prefere exportar porque o dólar valorizado.
Pedro Afonso Gomes comenta que há condições para o crescimento econômico prosseguir. Ele diz: “A condução correta da economia evita sobressaltos. O empresário confia e investe, o banco empresta e o trabalhador, ao saber que terá emprego, consome mais. Os índices de confiança no Brasil são crescentes”.
Infra – O presidente do Corecon-SP espera melhorias na área e alimentos. Pedro Afonso Gomes comenta: “Várias ações do governo melhoram a infraestrutura produtiva e logística no campo. Há renovação nos equipamentos e técnicos qualificados participam de programas em apoio ao agricultor familiar”.
Embora o padrão de alimentação do brasileiro tenha mudado, Pedro Afonso considera importante o Dieese manter a pesquisa mensal da cesta básica.
Fonte: Agência Sindical