Depois da forte pressão exercida pelo Sinsaúde e pelos trabalhadores, a administração do Hospital Sagrado Coração de Jesus, em Monte Mor, pagou na sexta-feira, dia 17, os salários de dezembro, que estavam atrasados desde o dia 7 de janeiro.
Conforme o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) firmado com a instituição, a falta de pagamento dos salários gerou uma multa diária ao hospital, que chegou a 6,5% sobre o salário de cada trabalhador. Agora, o Sindicato verificará se os pagamentos foram realizados corretamente.
“O Sinsaúde está acompanhando toda a situação dos trabalhadores e a porta está aberta para quem quiser tirar dúvidas e receber orientações”, disse a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento. Um plantão sindical também será realizado na porta do hospital.
Cerca de 200 trabalhadores da unidade ficaram com as contas atrasadas. O Sinsaúde já entrou com Ação Coletiva na Justiça pelo atraso de 8 anos no pagamento do FGTS e INSS.
Os funcionários também reclamam de condições insalubres de trabalho, como fiação elétrica exposta na recepção e a falta de suprimentos para os atendimentos aos pacientes. O hospital filantrópico é mantido com os repasses da Prefeitura, do SUS, de doações e convênios.
Segundo o secretário da saúde de Monte Mor, Wagner Tegon, o hospital já recebeu a verba municipal. “No ano passado, foram 34 milhões de reais da Prefeitura repassados para a unidade”, disse. No entanto, devido ao atraso no pagamento do 13º Salário dos trabalhadores, a Justiça interveio e determinou o bloqueio cautelar das contas bancárias da unidade de saúde, o que resultou no atraso no pagamento do salário.
O prefeito de Monte Mor, Murilo Rinaldo, disse que pedirá na Justiça que o hospital preste contas sobre o que está sendo pago. “Hoje, não temos contrato renovado com o hospital, ele foi encerrado no dia 31 de dezembro, mas queremos que no futuro a gestão seja nossa”, disse.
O Sagrado Coração de Jesus é o único hospital da cidade de Monte Mor, que tem 100 mil habitantes. Diariamente são atendidos cerca de 200 cidadãos.
Fonte: Sinsaúde Campinas e Região