Sinsaúde realiza ato na Câmara Municipal de Jundiaí pelos direitos dos trabalhadores dos PAs São Vicente

12/02/2025

O Sinsaúde realizou um ato, na manhã desta terça-feira (11), no Plenário da Câmara Municipal de Jundiaí, em defesa dos direitos dos trabalhadores dos Prontos Atendimentos Central, Retiro e Hortolândia, administrados pelo Hospital de Caridade São Vicente de Paulo. 
 
Cerca de 330 profissionais estão trabalhando sob pressão e receosos sobre o futuro das condições de trabalho - ou se haverá trabalho -, porque a Prefeitura encerrou o convênio e uma nova empresa deve assumir os PAs em 90 dias. “Os trabalhadores devem procurar o Sindicato para se informar e se sindicalizar para fortalecer a luta pelos seus direitos trabalhistas”, convoca a presidente da subsede do Sinsaúde, Beatriz Castro.
 
Diretores e funcionários da subsede do Sindicato ergueram cartazes durante a sessão na Câmara, conversaram com os vereadores, conselheiros municipais e a imprensa para denunciar a crise que está se instalando na Saúde da cidade.  
 
 
Beatriz se preparou para fazer um pronunciamento na tribuna livre do Legislativo, mas um problema burocrático por parte da Câmara a impediu de falar.  O Conselho Municipal de Saúde, que denunciou a falta de transparência no convênio com o São Vicente, teve a oportunidade de se pronunciar. A conselheira municipal e membra do Conselho Gestor do São Vicente, Thaíza Salviano, levou a mensagem do Sinsaúde em defesa da transparência e respeito aos trabalhadores que tanto se dedicam aos munícipes. 
 
“Estamos cobrando transparência na aplicação do dinheiro público. O convênio com os PAs foi encerrado no dia 20 de dezembro e não houve nenhuma ação para prorrogação. Tenho prazer de ver os trabalhadores do São Vicente, representados pelo Sindicato, e vamos exigir que não haja demissões em massa e nem reduções salariais”, disparou Thaíza.
 
A vice-presidente do Sinsaúde, Juliana Machado, tem acompanhado reuniões em diversos órgãos do município em busca de informações concretas sobre o destino dos PAs e das outras unidades administradas pelo HSV. “Fizemos reuniões com os administradores do Hospital, com o secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura e faremos uma reunião hoje à tarde com o presidente da Câmara e outros vereadores com o objetivo de obter uma solução satisfatória para os trabalhadores dos PAs e resguardar a qualidade da prestação na saúde da cidade de forma geral”, destacou. 
 
 

Histórico

 
Desde o começo da crise nos PAs Central, Retiro e Hortolândia, o Sinsaúde tem buscado uma solução que garanta os direitos dos trabalhadores. O problema começou com o pedido do HSV de reajuste de 30% no convênio dos PAs, que girava em torno de R$ 4,5 milhões por mês. O motivo seria o aumento de funcionários e procedimentos. A Prefeitura aceitou reajustar em 22%, o que aumentaria a fatura para aproximadamente R$ 5,5 milhões mensais e prorrogaria o convênio por mais 12 meses. 
 
Entretanto, o Conselho Municipal de Saúde (Comus) rejeitou o acordo e a continuidade do convênio, alegando falta de transparência na prestação de contas. O convênio foi encerrado no final do ano e a empresa fica, por lei, mais 90 dias para fazer a transição para outra empresa, que ainda será escolhida. 
 
As dúvidas do Sindicato e angústia dos trabalhadores são: qual será a nova empresa? Todos os direitos dos trabalhadores na rescisão do contrato serão respeitados? Todos os trabalhadores dos PAs serão absorvidos pela nova empresa? Todos os direitos e garantias contidas no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), conquistados por anos de lutas e greves, serão mantidos? Haverá demissão em massa ou redução de salários e benefícios?
 
“Os trabalhadores e o Sinsaúde precisam estar sintonizados e unidos nesta luta para que não haja nenhum retrocesso nas conquistas da nossa luta. Sindicalize-se!”, convida a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento.
 
Fonte: Sinsaúde Campinas e Região

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