Boletim Focus: mercado reduz projeção de inflação e eleva a do PIB de 2025

10/06/2025

Pela terceira semana consecutiva, o mercado financeiro reduziu a projeção de inflação para 2025 e, ao mesmo tempo, elevou a do PIB (Produto Interno Bruto). As projeções estão na edição do Boletim Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira (9).
 
Conforme os dados do Boletim Focus, a mediana das projeções para a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ficaram da seguinte forma:
 
2025: caiu de 5,46% para 5,44%.
2026: foi mantida em 4,50%.
2027: também foi mantida em 4,00%.
A mediana dos mais de cem analistas consultados para a publicação mostra que o mercado acredita que a política monetária tem surtido efeito para desacelerar a economia.
 
Ainda assim, a projeção está acima do teto da meta inflacionária (4,5%) perseguida pelo Banco Central.
 
Desde janeiro de 2025, em linha com a experiência internacional, o regime de metas de inflação passou a se referir à inflação acumulada em doze meses, apurada mês a mês, também conhecida como “meta contínua” (antes era pelo “ano-calendário”). Todo mês, a inflação acumulada em doze meses é comparada com a meta e seu intervalo de tolerância. Antes, essa verificação era feita anualmente.
 
No Brasil, a meta para a inflação e o índice de preços utilizado são definidos pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e cabe ao Banco Central adotar as medidas necessárias para alcançá-la.
 
O centro da meta perseguida pelo BC é de 3% – e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.
 
Veja outras projeções do Boletim Focus
 
PIB (Produto Interno Bruto)
 
2025: a mediana do mercado financeiro elevou a projeção de crescimento da economia brasileira de 2,13% parta 2,18.
2026: a previsão também subiu de 1,80% para 1,81%.
2027: foi mantida em 2,00%.
 
Taxa básica de juros (Selic)
 
2025: a mediana do mercado manteve para a taxa básica de juros, a Selic, estável em 14,75%. Isso significa que o mercado não aposta em novas altas nem queda dos juros este ano.
2026: também foi mantida em 12,50%, o que significa que, até o fim do ano que vem, o mercado aposta em baixas da Selic.
2027: foi mantida em 10,50%.
 
Dólar
 
2025: a mediana das projeções manteve a cotação do dólar em 5,80%.
2026: caiu levemente de R$ 5,90 para R$ 5,89.
2027: foi mantida em R$ 5,80.
 
Balança comercial
 
2025: para o superávit da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção caiu levemente de US$ 75,00 bilhões para US$ 74,50 bilhões.
2026: a expectativa para o saldo positivo também caiu levemente de US$ 78,55 bilhões para US$ 78,00 bilhões de superávit.
2027: a mediana foi mantida estável em US$ 80,00 bilhões.
Investimento estrangeiro direto
 
2025: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em US$ 70 bilhões.
2026: a estimativa de ingresso permaneceu inalterada também em US$ 70 bilhões.
2027: a mediana das projeções subiu de US$ 75,95 bilhões para US$ 77,00 bilhões.
 
Fonte: ICL Notícias
 

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