O Sinsaúde Campinas e Região convoca os trabalhadores do Cândido Ferreira representados pelo Sindicato para uma assembleia nesta sexta-feira, dia 4, às 17h, na Sede Central do Sindicato, localizada na Rua Duque de Caxias, 368 – Centro. A reunião será decisiva para definir os rumos da mobilização frente ao impasse instalado nas negociações coletivas.
Durante encontro realizado nesta quarta-feira, dia 2, com a diretoria da instituição, do qual participaram a vice-presidente do Sinsaúde, Juliana Machado, e os diretores sindicais José Augusto de Sousa, André Luis Costa, Alexssandra da Silva, Ester Concetta e Paulo Gonçalves, o Sindicato foi informado de que não há qualquer possibilidade de avanço na proposta econômica. A justificativa apresentada pelos representantes do Cândido Ferreira é o travamento do convênio com a Prefeitura de Campinas, o que estaria impedindo reajustes salariais, discussão sobre cláusulas econômicas e qualquer proposta que envolva impacto financeiro.
Impasse administrativo
“A direção do Cândido alegou que está com o convênio paralisado e, por isso, não haverá repasse nem proposta de negociação. Essa postura transfere a responsabilidade para a gestão pública, mas não apresenta soluções. Enquanto isso, quem está na linha de frente continua acumulando perdas e sendo ignorado”, explica o diretor André Luis Costa.
Para a vice-presidente do Sinsaúde, Juliana Machado, a falta de disposição da instituição em negociar é um sinal de desrespeito com os trabalhadores da saúde. “O argumento do convênio travado não pode servir como escudo permanente. Se não há repasse, que se crie caminhos. O que não pode é o trabalhador pagar essa conta sozinho”, frisou.
O Sindicato faz a proposta de negociação, mas quem decide é o trabalhador. O diretor de Assuntos Jurídicos do Sinsaúde, Paulo Gonçalves, reforça o caráter estratégico da assembleia marcada para esta sexta-feira. “Na assembleia vamos juntos definir os rumos dessa luta com consciência, unidade e firmeza. Chegou a hora da categoria se posicionar com clareza diante desse impasse. O momento exige participação e mobilização”, afirma.