“Foi um dia muito importante. Tivemos a oportunidade de conhecer a história do Sindicato, que tem 86 anos, mas também as experiências dos diretores que já atuam há muitos anos com a categoria”, afirmou a diretora sindical, Ester Concetta, de Campinas. 
 

Já para o presidente da subsede de Itapira, Ademir Nani, que há mais de duas décadas é dirigente sindical, considerou o dia de trabalho muito proveitoso. “Foi excelente poder trocar experiências com os colegas e poder rememorar as conquistas de tantas lutas do sindicato”, lembra. 
 

A parte da manhã contou com uma apresentação sobre a história do movimento sindical e o reflexo na sociedade, além das funções do sindical e da estrutura sindical brasileiro. Na parte da tarde, o foco foi a história do Sinsaúde, fundado em 1938, em Campinas, por comunistas em uma pequena sala e apenas 20 associados até chegar a esta grande estrutura que existe atualmente, que abriga mais de 35 mil sócios. 
 

Uma história contada a partir de fotos e vídeos, palestra e depoimentos daqueles que vivenciaram muitas das experiências na pele, como o presidente Edison Laércio de Oliveira, cuja a trajetória de vida se confunde com pelo menos metade da história do Sinsaúde, do qual é sócio, diretor e presidente desde o início da década de 1980. 
 

Para o presidente Edison, contar a história do Sinsaúde é motivo de emoção e de motivação. “Este sindicato foi o palco de muitas conquistas e espero que as experiências contadas aqui possam revelar e fazer emergir as capacidades de cada diretor de dialogar com a categoria e fazer o Sindicato crescer ainda mais”, espera. 
 

O anfitrião do encontro, tendo em vista que Edison também é presidente da Federação, ressaltou a importância das conquistas históricas e dos projetos desenvolvidos pelo Sinsaúde que trouxeram a categoria da Saúde para um novo patamar, como o Projeto Educação na Saúde, o ISI, que hoje é faculdade do trabalhador da saúde, e a criação da NR-32.

 

 

Alguns diretores com mais experiência da lida sindical contaram de suas histórias no Sinsaúde e da luta ao lado da categoria. Caso de Aristeu Carriel, presidente da subsede de Marília, que desde 1979 trabalha na saúde, e lembrou das greves e encontros com a categoria. “Tem que ter o Sindicato no coração e a certeza de que eu posso, eu quero e eu faço”, remetendo À força que um sindicalista traz dentro de si. 
 

Vicentina Rodrigues, a Tina, lembrou dos grandes bailes que o Sindicato promovia e dos concursos de rainha e rei hospitalar, que mobilizava a categoria. Ela mesmo sendo uma rainha no Hospital Bairral. O diretor José Augusto Sousa, de Campinas, lembrou que foi convidado para o Sindicato na década de 1990 porque gostava do embate político e de lutar pela categoria. 
 

O diretor Cláudio Silva, de Marília, tirou risadas dos companheiros ao lembrar das quantas vezes quase foi preso por ser delegado sindical. “Perguntavam pra mim com podia ser delegado, eu atendente de Enfermagem”, lembra. Também relatou as muitas ameaças de morte por autoridades da cidade. 
 

A diretora de Patrimônio, Maria Lourdes da Cruz, na Saúde desde 1985, pediu aos novos dirigentes que se “espelhem no trabalho dos veteranos, mas também nos ensine a se comunicar melhor com os jovens”. Foi um dia de muitas trocas. 
 

Já entrando a noite, o diretor Jurídico, Paulo Gonçalves, encerrou apresentando as principais conquistas dos acordos e convenções, como piso por função, jornada especial, cesta básica, feriado da categoria e tantos outros. Depois abriu para perguntas entre os diretores. Há muito para se discutir nos próximos dias e sede de conhecimento, mas o principal, que é a união o grupo, já está presente, tanto que o dia de trabalho se encerrou ao som de Geraldo Vandré: "caminhando e cantando e seguindo a canção...".