O Sinsaúde Campinas e Região, por meio de sua subsede em Limeira, realizou nesta segunda-feira, 3 de novembro, um ato de protesto contra os casos de violência sofridos pelos profissionais da saúde na Hapvida e em outras unidades da região de Limeira. A mobilização aconteceu das 10h às 14h, em frente ao Hospital Medical Hapvida, e contou com o apoio do Sinsaúde Móvel e a distribuição de cartas abertas à população.
O protesto teve como objetivo alertar a sociedade sobre o aumento das agressões verbais e físicas praticadas por usuários e acompanhantes contra trabalhadores da saúde. O Sindicato reforça que esses profissionais não são responsáveis por falhas no atendimento, falta de estrutura ou demora nos procedimentos.
Para o presidente da subsede do Sinsaúde em Limeira, Leandro Barreto, o momento é de unir forças para proteger quem cuida da vida dos outros. “Nosso objetivo foi sensibilizar a população, principalmente porque os profissionais não têm culpa. Eles estão na linha de frente, cumprindo sua missão com dedicação, e não merecem ser alvos de agressões ou desrespeito”, afirmou.
A diretora sindical, Natália Caetano, destacou que o Sindicato vai continuar atuando com firmeza para garantir segurança e respeito nos locais de trabalho. “O Sinsaúde está ao lado dos trabalhadores e não vai se calar diante de situações de violência. É preciso que a sociedade compreenda que esses profissionais merecem acolhimento e reconhecimento, não hostilidade”, ressaltou.
Casos em outubro acendem alerta
A insegurança nas unidades de saúde voltou a preocupar a categoria após dois episódios de violência registrados em Limeira. O primeiro ocorreu em 6 de outubro, no Hospital Hapvida, quando um paciente de 63 anos, revoltado com a falta de um medicamento, ameaçou um motorista de ambulância e duas trabalhadoras do administrativo com um simulacro de arma de fogo, mantendo uma delas refém por alguns minutos. O BAEP (Batalhão de Ações Especiais da Polícia) foi acionado e constatou falhas graves, como a ausência de segurança armada e de rotas de fuga no setor administrativo.
O Sinsaúde esteve no local logo após o ocorrido, prestando apoio aos profissionais e exigindo providências da direção do hospital e da coordenação nacional do grupo Hapvida. Dias depois, em 17 de outubro, outro episódio de agressão foi registrado no Hapvida de Limeira, novamente envolvendo um trabalhador da saúde em situação de ameaça.
Para o Sinsaúde, a repetição desses casos demonstra que a violência contra trabalhadores da saúde deixou de ser pontual e passou a ser um problema estrutural. O Sindicato reforça que cuidar de quem cuida é urgente, e a defesa da vida e da integridade de quem está na linha de frente é fundamental.
Fonte: Sinsaúde Campinas e Região