UGT e centrais sindicais realizam protesto na frente do Banco Central contra a alta dos juros

05/11/2025

A União Geral dos Trabalhadores (UGT), juntamente com as centrais sindicais CSP Conlutas, CSB, CTB, Nova Central, CUT, Força Sindical e Intersindical, realizou um grande ato em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, em São Paulo. A manifestação aconteceu na terça-feira, 04 de novembro de 2025, e reuniu trabalhadores de diversas categorias, estudantes e representantes da sociedade civil em protesto contra a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 15% ao ano.
 
Durante o ato, Josimar Andrade, dirigente da UGT, destacou que as centrais sindicais mantêm uma agenda permanente de mobilizações em frente ao Banco Central. Segundo ele, “a taxa Selic hoje é uma das maiores do mundo, prejudica o dia a dia de toda a sociedade brasileira e especialmente os trabalhadores, porque ela afeta desde o preço do supermercado, do consumo, ou seja, dá um travamento na nossa economia. Nós estamos chamando a sociedade para lutar. A taxa Selic não justifica o momento em que o país se encontra.”
 
Isaías Roberto da Silva, diretor do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, também esteve presente no ato, representando a entidade e reforçando o posicionamento da categoria contra os juros elevados.
 
Com a taxa Selic em 15%, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de juros reais, atrás apenas da Turquia. Os juros elevados encarecem o crédito, dificultando o acesso a financiamentos e empréstimos por parte de famílias e empresas. Isso desestimula o consumo e os investimentos, levando à retração da produção, à redução de postos de trabalho e ao aumento da desigualdade social. Enquanto investidores de renda fixa são beneficiados, a maioria da população sofre com a alta dos preços e a estagnação econômica. Além disso, os juros altos não têm se mostrado eficazes no controle da inflação, que continua pressionando o orçamento das famílias, especialmente as de menor renda.
 
Diante desse cenário, as centrais sindicais reforçam o chamado à sociedade para se unir na luta contra os juros abusivos e por uma política econômica que coloque o povo no centro das decisões.
 
 
Fonte: UGT
 

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