Sinsaúde e Federação terão três diretoras na Conferência Estadual do Trabalho

14/11/2025

 A Plenária Livre da UGT-SP (União Geral dos Trabalhadores do Estado de São Paulo) elegeu, nesta quinta-feira (13), 20 delegados representantes de sindicatos dos mais diversos setores da economia, tais como comerciários, bancários, alimentação, limpeza e conservação, turismo, entre outros. 

O Sinsaúde emplacou três diretoras nesta comitiva: Alexssandra da Silva, que é delegada do Sinsaúde na Federação Paulista de Saúde, Beatriz Castro, presidente da subsede de Jundiaí e Juliana Machado, vice-presidente do Sinsaúde. Elas defenderão as bandeiras em defesa de melhores condições para todos os trabalhadores, mas também serão responsáveis por lutar pelos interesses específicos da categoria da saúde.

Juliana, que também é diretora da UGT e está na comissão organizadora da II Conferência Estadual, que acontecerá no dia 4 de dezembro, destacou a importância de eleger uma delegação disposta a defender as teses aprovadas nas plenárias. “A bancada patronal está agressiva e contra qualquer avanço. Precisamos de coragem do movimento sindical”, aponta.
 
O presidente do Sinsaúde e da Federação Paulista de Saúde, Edison Laércio de Oliveira, elogiou a participação da grande comitiva de diretores do Sinsaúde na Plenária e da representação dos trabalhadores da saúde na delegação eleita. “Esta representação de trabalhadores foi eleita com muita vontade de lutar em prol de todos”, afirmou.
 
Temas serão aprofundados
A Plenária do UGT-SP, ocorrida na sala de conferências lotada do Hotel Nacional Inn, em Campinas, elencou uma série de temas e propostas que serão levadas e aprofundadas numa nova Plenária, com todas as centrais sindicais, que acontecerá no Sindicato dos Químicos, em Guarulhos, no dia 26 de novembro. Dali sairá compilado um documento com propostas dos trabalhadores para a Conferência Estadual, dia 4 de dezembro, que de forma tripartite reunirá representantes também dos patrões e do poder público para discutir os seguintes eixos:
 
I - Transformações do mundo do trabalho diante das transformações tecnológicas, digital, ecológica e demográfica
II - Políticas públicas para a promoção do emprego e trabalho decente e da transição justa. 
 
Entre os temas apontados como relevantes pelas intervenções dos sindicalistas estavam a ultratividade dos instrumentos coletivos, combate às condutas antissindicais, homologação pelos sindicatos, um debate profundo sobre o Sistema S, custeio dos sindicatos, valorização das negociações coletivas, reforma administrativa com valorização dos servidores, segurança e saúde do trabalhador, entre outras pautas. 
 
O presidente da subsede do Sinsaúde em Itu, Waldir de Marchi, sugeriu a inclusão de canais de denúncias contra assédio moral e sexual. Já o diretor Otoniel Matos, de Americana, falou sobre a importância de se criar um plano nacional de valorização do profissional da saúde, ressaltando o aumento da violência contra os profissionais. 
 
A presidente do Sindsaúde de Jaú e vice-presidente da Federação Paulista de Saúde, Edna Alves, discursou sobre a importância de valorizar os profissionais da saúde. “Temos que cuidar da saúde dos trabalhadores da saúde e também aumentar nossa presença em instâncias de discussão, como os conselhos municipais”, alerta. 
 
Política presente nos discursos
O presidente da UGT-SP, Amaury Mortágua, lembrou que o atual Congresso Nacional tem uma maioria que não defende os interesses dos trabalhadores e que os sindicatos precisam esclarecer suas bases sobre a importância da representação política nas instâncias de poder. “As igrejas e quartéis abriram os portões para a política, mas tem sindicato que quer deixar a política pro lado de fora dos muros. Isso resultou no Congresso atual. Precisamos de parlamentares com compromisso conosco”, ponderou. 
 
O ex-ministro do Trabalho e sindicalista, Antônio Rogério Magri, do alto dos seus 85 anos, chamou atenção para a presença de jovens mulheres no sindicalismo. “Temos que renovar nossa esperança e fortalecer a presença do movimento sindical na disputa das ideias”.
 
Ana Stela de Lima, dos Bancários de Tupã, falou sobre a inclusão de contribuição negocial nas convenções e acordos e o perigo da pejotização para o sindicalismo. Edson Santos Filho, do Siemaco, destacou o perigo das bets para a saúde mental e financeira de mais de 23 milhões de trabalhadores apostadores. 
 
O fim da jornada 6x1 e a redução da jornada para 40 horas semanais também foram temas das discussões que serão levadas para a II Conferência Nacional de Trabalho, que ocorrerá em março de 2026.
 
Fonte: Sinsaúde Campinas e Região

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