SÃO PAULO - Metade dos deputados que compõem a comissão especial que analisa o texto enviado pelo governo Michel Temer para reforma da Previdência são contra a exigência por idade mínima de 65 anos para aposentadoria, enquanto a maioria também é resistente a apoiar pontos considerados cruciais da proposta.
Segundo levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo, 18 dos 36 integrantes do colegiado não concordam com a determinação etária, sendo que sete deles defendem idade inferior a 65 anos.
Ainda de acordo com a reportagem, apenas um parlamentar diz que não serão necessárias alterações na proposta: o vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS). Em oposição ao deputado, parlamentares até do PMDB acreditam ser necessárias modificações.
Segundo a enquete, 21 dos membros da comissão entendem que alterações pontuais tenham que ser feitas, ao passo que 12 veem a necessidade de profundas modificações. O levantamento também mostra que 22 deputados não concordam e 4 estão em dúvida sobre a unificação das regras para homens e mulheres, tendo os 25 anos como tempo mínimo de contribuição.
Tendo em vista tal cenário de adversidade, Perondi, que representa a voz do governo na comissão, diz que há espaço para dialogar, embora ainda não veja o que mudar no texto original.